Pouco depois da morte de sua esposa em 1949, Alvar Aalto começou o projeto de um lugar para suas escapadas do verão, no litoral ocidental da Ilha Muuratsalo, Finlândia. Através do processo de desenho da casa, este projeto se converteu num estúdio experimental da materialidade, da construção da arquitetura e da filosofia. Uma das características da casa são suas paredes do pátio central, que refletem a natureza do experimental, já que foi construída com mais de cinquenta tipos diferentes de tijolos, dispostos em diversos padrões.
A compreensão básica da residência é seu esquema de pátio, concentrado no interior, mas sempre garantindo as vistas direcionadas ao lago Päijänne. Através das paredes e da experimentação de materialidades, este renomado arquiteto permitiu testar a estética dos diferentes arranjos, e ao mesmo tempo, vigiar como reagiriam a este clima áspero.
Experimentando sistemas de cimentação, construção de tijolo de forma livre, e calefação solar passiva, Aalto explorou pacientemente a materialidade, já que somente utilizava esporadicamente a residência. O interior da casa optou por uma zona aberta integrada a um mezanino que funcionaria como um ateliê de pintura. A cobertura deste espaço é apoiada sobre grandes vigas de madeira.
O contexto natural desempenha um papel fundamental na experiência da arquitetura. Rochas e pedras que estão cobertas de musgo, e arbustos adicionam um rico contraste com o tijolo e a cor branca da casa. Também foi inserida uma lareira no centro do pátio, convertendo-o num espaço de reunião.
A arquitetura da casa produz a sensação de estar entre ruínas, através das paredes de tijolo pintadas de branco que brotam da colina; cipós envolvem e se estendem sobre as superfícies da residência, revelando sua idade.